Livre
Com o passar do tempo, tudo se modifica, como nós. Embora, nem todos os vazios aí permaneçam, outros há que, convenientemente, eludir o seu vácuo. E eludir, de muitas formas, e feitios. Não será certamente, o melhor dos álibis, por que, no fundo, também nos enganamos. Manifestamos diversos temperamentos do que não é, na realidade, o nosso desejo. No entanto, desculpamos tudo, por necessidades, integrais de humanos. E, ficamos incertos perante certezas, temos dúvidas quanto a factos, questionamos a própria questão, que, por vezes, sendo pertinente, não recuzamos voltar a questionar. No caminho das interrogações, exclamações e, até mesmo afirmações, ficam por dilacerar, estruturas complexas de ideias, componentes fervorosas do nosso estar, mais diversas e capazes, só por si, criando, o quase perfeito. Que não é, afinal parecia ser. Quanto a certas definições que não se coadunam com tamanhos benefícios de realização, são essas mesmas, que nos dão a garantia de uma grande liberdade e bem estar. Por que, ao encontrar o que é mais precioso, para cada um de nós, lhe dermos a liberdade merecida, podemos ter a certeza que regressa sempre: em liberdade. Sendo livre...