Fora dos nossos pontos de referência, das nossas origens, do que eramos e do que somos, e, com grande convicção do que queremos continuar a ser, surgem dúvidas. Afinal, o que queremos ser, fora desse ponto de referência? É certo que, com elas, fortalecemos e solidificamos a nossa personalidade, mas qual? Adquirimos o inacto poder de dispersão vazio, e, como se ninguém notasse, recriamo-nos à nossa imagem, apenas, com variantes. Podendo assim, criar, ou mesmo provocar, fantasias, sonhos, desejos e, até mesmo, matar curiosidades. Onde ficou então, na transformação, a noção de princípio pelo qual nos guiamos? Podemos mesmo fazer tudo, sem sofrer consequências? Certo é, que estas questões não suscitam abstractos argumentos ou reacções clínicas minuciosas, para dispersar o que será, fora do ponto de referência, apenas, o ponto de fuga.
Sejam quais forem as nossas opções, as nossas atitudes, os nossos actos e as nossas reacções, mais tarde, terão reflexos, bons ou maus, cabe a cada um escolher. Embora, estando sempre convictos, que, ao tomar qualquer uma delas, mais ninguém virá a ter conhecimento, mas, alguém terá sempre: nós.
E, no futuro, ao recordar o passado, numa dessas introspecções da vida, para que a nossa consciência, não nos confronte com duelos mentais, das indevidas escolhas tomadas, é melhor ser-se racional, sempre, pensando em nós, e nos outros, sendo correctos, com a nossa consciência.